A música é provavelmente a manifestação artística mais popular do Brasil. Apesar disso, não é sempre que vemos seu valor cultural sendo discutido e difundido, já que para a grande maioria das pessoas, a relação com a música se limita ao ouvir.
Como produtor de música e grande interessado na preservação do nosso patrimônio musical e disseminação da música nacional, não poderia perder a oportunidade de dar uma dica tripla, só com programas gratuitos, nesse feriado da Independência do Brasil.
Setembro começou com três ótimas exposições que trazem temas e abordagens bem distintas, mas que tratam de música, direta ou indiretamente.
Tropicália: Um Disco em Movimento
Inspirada no LP Tropicália ou Panis et Circensis, a exposição comemora os 50 anos do movimento musical e cultural ocorrido no Brasil no final dos anos de 1960.

A exposição aborda cada faixa do álbum, sintetizando em som,imagens e objetos um olhar sobre uma obra marcada pela cultura pop, pelas referências ao modernismo brasileiro, pela radicalidade política e pela irreverência estética dos produtos de massa nacionais.

A mostra traz em destaque obras de Rubens Gerchman, Hélio Oiticica, Artur Barrio, Wanda Pimentel, Antonio Dias, Glauco Rodrigues, Claudio Tozzi, Mestre Júlio, Gustavo Malheiros e Bruno Miguel.
A exposição fica em cartaz até 18 de setembro e a entrada é GRÁTIS!
CCBB RJ
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
CEP: 20010-000 / Rio de Janeiro (RJ)
(21) 3808-2020
ccbbrio@bb.com.br
Funcionamento: de quarta a segunda, das 9h às 21h.
Disco é Cultura: O Disco de Vinil na Arte Contemporânea Brasileira
A exposição “Disco é Cultura” tem curadoria de Chico Dub – do Festival Novas Frequências –, e mostra a influência do disco de vinil na produção de arte contemporânea nacional.

Abordando a relação entre arte e música, a mostra vai além das capas de disco e aborda, por meio de 35 obras de 23 artistas contemporâneos das artes visuais e sonoras, diversos usos dados ao objeto como elemento estético, poético e sonoro.

Estão reunidos nos três andares do Castelinho do Flamengo, 35 obras de 23 artistas contemporâneos das artes visuais e sonoras, dentre eles, Cildo Meireles, Antonio Dias, Waltercio Caldas, Dora Longo Bahia, Chelpa Ferro, Brígida Baltar e Chiara Banfi. São esculturas, fotografias, obras interativas, instalações, telas, performances sonoras e “discos de artista” (trabalhos onde o disco é a própria obra de arte) que vão além do uso funcional projetado para o objeto.
A exposição fica em cartaz até 24 de setembro e a entrada é GRÁTIS!
Castelinho do Flamengo
Praia do Flamengo, 158 – Flamengo, Rio de Janeiro, RJ
Funcionamento: terça a sábado, das 10h às 20h.
Festa Brasileira: Fantasia Feita à Mão

Apesar do foco nas indumentárias, a música é muito valorizada, por ser um dos elementos mais importantes dessas manifestações. Cada uma das nove salas especiais da exposição tem uma trilha sonora específica, o que contribui para que as pessoas tenham um contato direto e um envolvimento com as diferentes festas.
Em uma sala especial chamada Sala do Batuque, mais de 300 instrumentos utilizados nessas festas, como pandeiro e agogô, estão colocados no teto. Em uma mesa situada embaixo, os visitantes têm a possibilidade de “tirar o som” desses instrumentos em um equipamento tecnológico.
A exposição fica em cartaz até 28 de outubro e a entrada é GRÁTIS!

CRAB – Centro SEBRAE de Referência do Artesanato Brasileiro
Praça Tiradentes, 69, Rio de Janeiro, RJ
Funcionamento: terça a sábado, das 10h às 17h.
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